quarta-feira, 1 de outubro de 2014

“Eu roubo coisas em mercados para poder comprar drogas”

“Eu roubo coisas em mercados para poder comprar drogas”

Saiba por que o trabalho da Universal contra as drogas é de extrema importância













No pátio interno do Espaço de Convivência Jardim da Vida II, mais conhecido como Tenda Dom Pedro, na região central de São Paulo, o voluntário Wagner Monteiro dos Santos, de 36 anos, relata a um morador de rua como era a vida no crime: "Desde a adolescência eu fui usuário de drogas, cheguei a usar maconha, crack, cocaína e ingeria bebidas alcóolicas, além de praticar roubos e tráfico de entorpecentes. Mesmo depois de casado, continuei no crime, mas as atuações já eram maiores e em vários estados do Brasil, sempre em busca de mais droga e dinheiro, até ser preso. Entendo como um dependente sofre, porque já fiz parte disso."
O relato faz parte de um dos atendimentos realizados por cerca de 30 voluntários da Universal aos moradores de rua abrigados na tenda. Muitos deles estão em uma situação parecida com a que Wagner viveu: envolveram-se com os vícios, com a criminalidade e agora são marginalizados. O local foi cedido pela Prefeitura Municipal de São Paulo há 1 ano, para acolher as pessoas que moravam em abrigos improvisados na Praça da Sé, também na região central da capital paulista.
Responsável pela organização do local, o assistente social Almero Barbosa, de 49 anos, na época participou do primeiro grupo de moradores transferidos da Sé para a tenda, e recorda que eram cerca de 20 pessoas abrigadas, hoje são 450. "Os moradores de rua vêm de vários lugares para o centro de São Paulo, alguns são até de outros estados do País. Eu também fui um deles, mas quando os voluntários da Universal começaram a conversar comigo, tempos atrás, na Praça da Sé, percebi que a minha vida poderia ser melhor. Então, terminei a minha faculdade e agora auxilio outras pessoas", diz Barbosa.
Durante a ação social, que ocorre todas as quintas-feiras e também aos domingos, os moradores da tenda contam aos voluntários como chegaram às ruas e como vivem atualmente. Depois, os voluntários os incentivam, mostrando que há um Caminho para uma vida transformada. Ao final, uma sopa é servida para os que estão presentes no atendimento.
Vidas destruídas pelos vícios













Um pouco desorientado pelo álcool, o morador de rua Fabiano Moraes Santos, de 35 anos, que está há 2 dias na tenda, conta a um dos voluntários que começou a fumar cigarro aos 14 anos de idade, em Mauá, na Grande São Paulo, onde morava com a família. Pouco tempo depois, conseguiu um emprego de camelô na região central da capital e passou a viver nas ruas. Logo teve o primeiro contato com vários tipos de droga, além de bebidas alcóolicas.
“Eu roubo coisas em mercados para poder comprar drogas. Há alguns dias, um segurança até quebrou o meu braço durante uma tentativa de furto. Eu quero parar com isso, mas não consigo vencer a vontade. Eu ando o dia todo procurando drogas. Uma vez fui até Santos (no litoral paulista), a pé, para buscar umas ‘pedras’ (crack). Outro dia encontrei meu pai, porque ele trabalha vendendo coisas na rua. Ele chorou, pediu para eu voltar para casa. Mas eu não consigo, porque sou ‘perdido’. Eu sou a ovelha negra da família”, lamenta Fabiano.
Entretanto, os voluntários o animam, dizem que “foi só uma fase ruim da vida, logo tudo será diferente e melhor”.
É possível ser curado dos vícios













Muitos dos voluntários, no passado, também sofreram com os vícios, porém, atualmente estão curados, como é o caso de Wagner (foto ao lado), citado no início dessa reportagem. Ele foi dependente químico por 22 anos e, em 2007, foi preso por tráfico de drogas – cumpriu 4 anos de detenção. Contudo, mesmo após ganhar a liberdade, continuou na criminalidade e nos vícios, até o dia em que refletiu sobre como conduzia a própria vida.
"Eu queria ter paz, mas não sabia o que fazer para consegui-la. Meus filhos pequenos perguntavam de onde vinha o dinheiro que entrava em casa e eu não podia dizer que era do tráfico. Então, minha mãe e minha esposa, que já conheciam o trabalho da Universal, me orientaram a participar dos encontros na instituição. Colocando em prática as palavras que eu ouvia, fui curado dos vícios. Hoje, priorizo a minha família, tenho um emprego regularizado e procuro doar um pouco do que eu aprendi para quem ainda é escravo dos vícios”, enfatiza ele.
Um problema social
Como bem pontuou o bispo Rogério Formigoni durante a cerimônia de inauguração do Templo de Salomão, ocorrida no dia 31 de julho, “falar sobre vícios e drogas é falar de um dos maiores problemas e preocupações de saúde pública no mundo, não só no nosso País”.
De acordo com o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2012, o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína e derivados do mundo, atrás somente dos Estados Unidos – o que corresponde a cerca de 20% do mercado mundial da droga.






Sisterhood visita internas da Fundação Casa

Voluntárias distribuem kits e livros para menores infratoras

Por Sabrina Marques
redacao@arcauniversal.com
Amor e dedicação são características presentes em todas as voluntárias do Sisterhood, grupo que surgiu em dezembro de 2009 e tem a finalidade de resgatar a essência feminina colocada por Deus em cada mulher. Desta vez quem recebeu o carinho dessas mulheres foram as internas da Fundação Casa “Chiquinha Gonzaga”, da Mooca, bairro localizado na zona leste da capital paulista.

As mais de 140 internas do local receberam kits de higiene pessoal e também centenas de livros “A mulher V”, da escritora e fundadora do Sisterhood, Cristiane Cardoso.

Além das doações, as internas também ouviram mensagens de fé e esperança, contidas na Palavra de Deus. Para o responsável pelo trabalho evangelístico dentro da Fundação Casa, pastor Geraldo Vilhena, a iniciativa do grupo é fundamental para a ressocialização e mudança de comportamento das menores infratoras. “Este é um trabalho excelente, pois a presença das voluntárias fez com que as jovens se aproximassem mais. Muitas abriram o coração, choraram após receber as orientações das esposas dos bispos, elas elevaram a autoestima, que a muito tempo estava em baixa, este evento foi muito bom”, conclui o pastor Geraldo Vilhena.

Momento da entrada do grupo Sisterhood

Uma palavra de fé


Jovens internas recebem um atendimento das esposas dos bispos e pastores

Leitura do livro A MULHER V

Senhora Margarete esposa do bispo Marcos com duas internas da Fundação Casa.

Senhora Rosilene esposa do bispo Jadeson com uma jovem interna.

Senhora Marcia esposa do bispo Romualdo antendendo uma jovem interna

Senhora Fátima esposa do bispo Clodomir atendendo jovens internas.

Uma visita na Casa das mães na Fundação Casa

Uma oração para finalizar.

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