
Por Rê Campbell / Fotos: Fotolia, Marcelo Alves e Arquivo Pessoal / Arte: Edi Edson
Para tentar aliviar o incômodo, Daniela buscava os amigos. “A gente bebia bastante, fumava. Fazia tudo de errado na escola.” A vida amorosa também gerava conflitos para a jovem. “As coisas pioraram quando meu namorado me abandonou e começou a namorar minha amiga. Eu pensava em morrer.” Ela lembra que sentia uma inquietação constante e passava as noites acordada.
Diálogo
Daniela enfrentava pensamentos de suicídio quando conheceu o grupo Força Jovem Universal. Na época, ela estava com 15 anos. Lá, encontrou outros jovens que haviam passado pelo mesmo problema e começou a compartilhar sua dor. “Encontrei novas amizades, tive um verdadeiro entendimento sobre a fé e um encontro com Deus. Um dos membros do grupo, o obreiro André, me ajudou como se fosse um pai.”

Jovens deprimidos
A depressão é a principal causa de enfermidade e incapacidade entre jovens de 10 a 19 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela também é um fator que pode levar ao suicídio, a terceira maior causa de morte nessa faixa etária, atrás dos acidentes de trânsito e do vírus da Aids. O problema é tão sério que a OMS escolheu 2017 como o ano de combate à depressão.
No Brasil, 21% dos jovens de 14 a 25 anos têm sintomas de depressão, segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Entre as mulheres, o número sobe para 28%. Já o número de suicídios na população de 15 a 29 anos cresceu 10% de 2002 a 2014, segundo o Mapa da Violência 2017, criado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e divulgado pelo Ministério da Saúde.
Desafios da adolescência

A psicóloga lembra que o uso da internet e das redes sociais também pode estar relacionado ao aumento da tristeza entre os jovens. “Hoje, tem a questão da internet, do bullying, os jovens estão mais expostos. Nas redes sociais, alguns adolescentes não conseguem diferenciar o que é real ou não, acabam se comparando a um colega e ficam mais deprimidos”, diz ela.
Como identificar
Diana diz que os sintomas de depressão incluem tristeza, melancolia, agressividade e até dor de cabeça ou de estômago sem causa específica. Infelizmente, muitos pais não percebem os sinais ou imaginam que é algo comum da idade. “A depressão do adulto é diferente da do jovem. Como o jovem não consegue se expressar, ele fica mais irritado, mais estressado. Há ainda a questão da alimentação, insônia, cansaço, do isolamento.” Ela alerta que pais e responsáveis devem observar se os sintomas são constantes. “Se isso persistir por mais de duas, três semanas, é importante procurar um médico, um psicólogo.”
Dá para evitar?
A campanha da OMS destaca a importância do diálogo para quebrar tabus sobre a depressão e combater a doença. Diana da Cunha concorda e acrescenta que as famílias devem estabelecer vínculos com os jovens. “Os pais precisam conhecer os filhos, o comportamento deles, e avaliar possíveis alterações. É conversar mesmo, acolher, saber como foi o dia. Sabemos que uma parte dos jovens que não se sente acolhida em casa acaba buscando drogas, cigarros, bebidas.”
Dor insuportável
Gabriel conta que passou a se isolar. “Não queria mais conversar com meus pais, não queria estar com eles.” Mesmo com o aumento da tristeza, ele não tinha coragem de contar o que sentia. “Você pensa que não vão te entender. Eu ficava com vergonha de falar. A gente diz que está tudo bem, mas não está.”
O bispo André Morgado (foto abaixo), responsável pela Universal no Estado da Paraíba, lembra que a depressão pode surgir mesmo em famílias cristãs. Por isso, os pais devem ficar atentos aos sinais. “Meu filho nasceu na igreja, tinha o nosso exemplo em casa. Para quem é da fé, é um susto. Isso é algo que pode acontecer sorrateiramente. Percebemos que nosso filho começou a se fechar no mundo dele, ficava o dia inteiro no quarto, ele reagia e ficava agressivo quando a gente ia conversar.”
Gabriel diz que chegou a tentar se matar. O ato foi impedido pelos pais. “Foi quando percebi que eu precisava de ajuda. Comecei aos poucos a me aproximar de Deus e a me relacionar melhor com meus pais”, conta o jovem.

Para enfrentar a situação, o bispo e sua esposa, Luciana Morgado, procuraram fortalecer ainda mais a relação com Gabriel por meio do diálogo. “Não adianta tentar mudar o filho à força, a imposição só gera mais agressividade. É importante trazer o filho para perto, como amigo. O jovem precisa sentir confiança para perguntar, expor seus pensamentos, pedir ajuda”, diz ele.
O bispo lembra que é necessário ter paciência e usar a fé. “A mudança não acontece da noite para o dia, os pais precisam respeitar o tempo do jovem e ir aconselhando, ensinando. E, nesse ínterim, eles devem usar a fé, orar, pedir a sabedoria de Deus para lidar com a situação.”
Luciana, mãe de Gabriel, destaca que não desistiu do filho mesmo quando ele não queria contato. “Eu ficava perto dele mesmo quando havia rejeição, eu perseverava, conversava, fazia coisas que o agradavam. Mas eu também sabia que era um problema espiritual, então fui para o Altar, orava, pedia a direção de Deus para lidar com tudo”, esclarece ela.
Para Gabriel, falar sobre o problema foi fundamental para que pudesse ver uma saída. “O que me ajudou na recuperação foi compartilhar com alguém essa dor. Quando a gente está com depressão, a visão é limitada, a gente só pensa no pior. Mas, falando com outra pessoa, a gente consegue abrir a visão.” Ele ainda acrescenta que a fé o ajudou a se fortalecer. “É importante manter uma relação com Deus porque com Ele a gente pode falar sem ter vergonha, pode extravasar nossa dor”, conclui Gabriel, que hoje estuda Engenharia e está noivo da estudante de Medicina Maria de Fátima Barros Sales, de 23 anos.
O bispo André Morgado lembra que a transição da infância para a idade adulta é um verdadeiro desafio para os adolescentes. “A maior batalha do jovem é na mente porque nesse período surgem dúvidas, conflitos, medos, a escolha da profissão. A melhor maneira de lidar com esse momento transitório é dividindo as questões com os pais. Se o jovem não tem apoio dentro de casa, é importante buscar o suporte de uma pessoa de fé, além de evitar más amizades e pensamentos negativos.”
Tristeza se prolongou até fase adulta

Para tentar fazer amizades, Michele buscou as redes sociais. “Eu tentava preencher o vazio que sentia, mas me feri. Tive um envolvimento com um rapaz, mas ele não gostava de mim de verdade e sumiu.” Michele diz que a tristeza piorou e ela começou a ter insônia e passava os dias chorando. “Eu não me aceitava e não confiava nas pessoas, não tinha amizades.”
Ela revela que pensamentos de suicídio passaram a rondar sua cabeça quando tinha 25 anos. “Foi o acúmulo de tudo. Achava que minha vida nunca ia mudar, não via saída.” Foi nesse período que ela aceitou o convite de uma colega para ir a uma reunião da Universal. “Encontrei na Força Jovem Universal palavras de incentivo e novas amizades. Comecei a me valorizar mais, recuperei a autoestima e passei a cuidar do meu interior. Tive um encontro com Deus”, diz. Hoje, aos 30 anos, Michele tem novas perspectivas. “Terminei os estudos, estou trabalhando, tenho amigos e uma vida normal. Antes, tinha medo até de sair sozinha.”
Briga por dinheiro pode motivar o divórcio?
Veja o que fazer para que isso não aconteça
Existem vários fatores que podem decretar o fim de um relacionamento: mentiras, ciúmes, interferência das famílias do casal, problemas emocionais. Outro elemento que pode acabar com o casamento são as brigas relacionadas a assuntos financeiros.
E os casais que discutem sobre dinheiro estão mais propensos a se divorciar do que aqueles que têm como principal razão das brigas temas como sexo, crianças e sogros. Pelo menos é o que diz uma pesquisa recente divulgada no site do jornal britânico Daily Mail.
Quando se trata de relacionamento, o dinheiro realmente é algo importante, pois é o maior indicador de um divórcio. O estudo acompanhou 4,5 mil casais por vários anos e descobriu que o estresse causado pelas finanças lidera o topo da lista dos motivos de separação entre homens e mulheres.
A pesquisa mostra ainda que as desavenças sobre dinheiro são mais intensas e demoram mais do que quando o foco são outros tipos de argumentos.
Outra descoberta dos pesquisadores foi que este tipo de discussão desencadeia palavras mais duras. A conclusão se mostrou verdadeira independentemente da renda dos casais ou do nível de endividamento.
Como evitar?
Sobre o divórcio, o bispo Renato Cardoso afirma, em uma postagem em seu blog, que as pessoas costumam não enxergar a verdadeira causa do problema. “As pessoas hoje em dia estão casando só com o corpo. Às vezes, nem o corpo. Elas se casam, mas não se entregam. Não tem como um casamento funcionar assim. Não existe mágica para fazer um casamento funcionar. Além do amor, também é preciso dedicação, responsabilidade e respeito”, diz.
O bispo considera que é preciso analisar friamente todas as atitudes, de ambas as partes, e ver onde é possível melhorar, antes que o relacionamento acabe. “Não existe varinha mágica. Sonhos não se realizam com mágica. Os sonhos se realizam com muito trabalho e dedicação”, conclui.
O MOTIVO PORQUE SOMOS ODIADOS É ESTE: DIZ O BISPO GERALDO VILHENA.


0 motivo por que somos odiados diz o Bispo Geraldo Vilhena.
A UNIVERSAL ela não promete ela faz: diz o Bispo Geraldo Vilhena.
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