De quem é a culpa da violência nas escolas?
Jovens filmam brigas e publicam na internet
Infelizmente, tem sido cada vez mais comum a divulgação de vídeos na internet mostrando a violência dentro das escolas. Há quem diga que a violência não cresceu, mas sim a publicação do que acontece por causa do avanço tecnológico e da propagação rápida pela internet. De uma forma ou de outra, trata-se de um problema grave e que precisa da atenção da sociedade e dos governantes. Não são poucos os alunos traumatizados após sofrerem algum tipo de agressão, que vão desde o tão falado “bullying” até a física. Nos piores casos, isso causa sequelas no corpo e em outros pode até levar à morte.
Uma
pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo
(Apeosp), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), com os professores e delegados da
entidade, apontou que, dentre outros fatores, as principais causas do
crescimento da violência dentro das escolas se deve ao uso de álcool e
drogas por alunos, somado à falta de funcionários e à pobreza
generalizada.
Eu diria que isso certamente está contribuindo para o problema, mas a raiz de tudo está na desestruturação familiar.
É
preciso que se observe que a função do Estado é ensinar, mas a educação
dos alunos começa em casa. Na verdade, os números negativos
relacionados a esse assunto estão ligados a outros que revelam que é
cada vez maior a quantidade de crianças que nascem desordenadamente,
geradas muitas vezes sem nenhum planejamento, em relacionamentos
relâmpagos, que resultam em jovens criados sem a referência de pais e
longe de qualquer tipo de disciplina.
Diante
disso, por mais que os governantes construam escolas, criem campanhas
de conscientização contra as drogas ou multipliquem os funcionários, o
problema vai continuar. Isso porque é preciso que haja investimento em
uma política de controle de natalidade, pois vivemos em um País em que a
religiosidade ignora a razão e contraria o bom senso. Deus criou o
homem, mas deixou a cargo do próprio ser humano o poder de se
multiplicar. Essa multiplicação precisa ser feita de forma ordenada,
coerente e inteligente.
Normalmente,
os casais com mais condições econômicas têm de um a dois filhos,
enquanto os de menor poder aquisitivo os têm de forma desordenada. Eu
acredito que se no tempo de nossos pais e avós tivéssemos a informação
com a velocidade de hoje, com todo avanço da tecnologia, com certeza não
teríamos fatos tão deprimentes para serem postados na internet como nos
dias atuais. Que saudade do tempo em que os filhos pediam a bênção dos
pais, os professores eram chamados de senhores pelos alunos e o
casamento normalmente vinha antes da gravidez.
A
família é e sempre será a célula-mãe da nossa sociedade e
consequentemente a base de um mundo melhor. Sabiamente alguém disse:
“Eduquem as crianças e não será preciso castigar os homens”. Detalhe: a
educação começa em casa.
Aos finais de semana, a rotina de muitas mães é a mesma; visitar o filho internado na Fundação Casa. Certamente, não foi o que elas planejaram para o futuro deles, mas muitas vezes, estar ali é o sinal de uma nova chance. Quantas mães, que perderam os filhos para o tráfico e a criminalidade, queriam ter a oportunidade de poder vê-los com vida, mesmo sendo atrás das grades.
E é na contramão que o grupo de Evangelização da Igreja Universal do Reino de Deus aposta na recuperação desses adolescentes. Os voluntários abrem mão do descanso do final de semana para confortar essas famílias. “Passeio” esse que não tem preço e já faz parte da rotina.
Aos finais de semana, a rotina de muitas mães é a mesma; visitar o filho internado na Fundação Casa. Certamente, não foi o que elas planejaram para o futuro deles, mas muitas vezes, estar ali é o sinal de uma nova chance. Quantas mães, que perderam os filhos para o tráfico e a criminalidade, queriam ter a oportunidade de poder vê-los com vida, mesmo sendo atrás das grades.
Para
alguns, a visita é um ponto de contato com o mundo lá fora, distante
dos muros da construção antiga da Fundação. Para outros, revê-los é
aumentar a dor da ferida que continua aberta. E isso é visto em cada
olhar, no coração apertado de uma mãe que não sabe quando vai poder
cobrir o filho novamente na cama quentinha... Esse foi o desabafo de uma
mãe que prefere não se identificar; “Eu peço para não fecharem o
portão, porque ele ainda não chegou ... aí, eu lembro que ele não tá
mais com a gente”. Outra mãe não esconde a dor em dizer que os cuidados
que oferecia ao filho na infância eram bem diferentes dos que ele recebe
hoje internado – “tava com febre dava um remedinho, quando se
machucava, ganhava um beijo e tudo passava ... E agora, quem cuida
dele?”
Na
maioria dos casos, essas mães não têm culpa de ter os filhos
internados. Eles, influenciados por outras pessoas, trilharam o caminho
sombrio do crime, mas são elas que pagam o preço, diga-se de passagem,
alto demais.
Na
longa fila de mães, uma gestante que concorda com a revista policial
–procedimento feito aos visitantes para constatar se não trazem objetos
proibidos aos presos - mas se sente humilhada ao ser expor com outras
mães.
Para uma parte da sociedade, esses menores infratores não têm mais jeito.
E é na contramão que o grupo de Evangelização da Igreja Universal do Reino de Deus aposta na recuperação desses adolescentes. Os voluntários abrem mão do descanso do final de semana para confortar essas famílias. “Passeio” esse que não tem preço e já faz parte da rotina.
No
último sábado, além de oferecer roupas e calçados às famílias, o grupo
distribuiu marmitex com feijoada na saída das visitas. Motivo de grande
alegria, já que o almoço é incerto em algumas dessas casas. Para
o pastor Geraldo Vilhena, responsável pelo trabalho de Evangelização na
Fundação Casa de São Paulo e os voluntários da IURD, nada mais
gratificante do que estar na própria folga ajudando esses lares que não
sabem o que é ter paz há muito tempo.
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